A CHAVE PERDIDA


"Dizem que os sonhos são um portal que liga nosso subconsciente à outra dimensão, permitindo que mensagens sejam transferidas para nós através de seres misteriosos.
Mas quais mensagens seriam enviadas para o nosso mundo, e qual seriam seus objetivos?"


O Relato a seguir é sobre esse estranho fernômeno!

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Depois de completar 12 anos, comecei a ter sonhos que curiosamente se realizavam em dias, semanas ou um certo tempo, não inferior a 3 meses.
Como falava sempre sem parar no assunto, minha irmã acreditava em mim (e ela ainda acredita, apesar de não gostar de falar no assunto).

Na época, ela trabalhava em seu primeiro emprego, numa faculdade perto de nossa casa.
Ela era recepcionista e às vezes se ocupava de fechar as salas da secretaria da faculdade.
Como contavam histórias assombrosas de lá (pois essa faculdade possuía curso de medicina e uma enorme sala de anatomia, cheia de corpos), as pessoas creio eu, inventavam tudo que é coisa. Isso deixava minha irmã assustadíssima e na época ela tinha uns 17 anos.
Em uma sexta-feira, quando havia poucas pessoas na faculdade após as 22 horas (ela saía as 22:30h), ela se apressava para sair de lá.
Nesse dia ela precisava fechar a cozinha e estava sozinha, só ficava o vigia. Ela fechou tudo apressadamente e foi para casa.

No outro dia, quando a turma da limpeza chegou, a chave da reitoria não se encontrava em lugar nenhum.
Preocupada, ela não sabia o que fazer, pois a perda da chave daria muita dor de cabeça além de despesas e ela era nova no trabalho.
Ela veio conversar comigo e me disse que acreditava em mim (naqueles meus sonhos).
Então eu disse à ela que sonharia onde estava a tal chave... Minha irmã mais velha (pois tenho duas irmãs) riu, dizendo que isso não seria possível, mas eu afirmei que conseguiria.

Bem, aquela noite eu sonhei:

Via uma janela basculante aberta, um vento suave balançava uma cortina xadrez de branco com amarelo; ali pertinho tinha um fogão (que eu via somente a lateral) e um botijão de gás com aquele vestidinho (capa) no mesmo material que a cortina.
Ao lado do botijão de gás, quase debaixo dele, havia um molho de chaves.
O chão era de ladrilho pequeno terracota, muito em moda nos edifícios naquela época.
Lembro que o chaveiro do molho de chaves era branco.
Descrevi para minha irmã esse local e ela lembrou-se da cozinha da faculdade.
Como a faculdade era perto de casa e o vigia morava perto também, ela pediu que a cozinha fosse aberta para ela (ela contou a história de ter perdido a chave).
Então ela entrou na cozinha, se abaixou ao lado do fogão e de uma forma inacreditável, encontrou a chave exatamente onde sonhei.


O detalhe é que eu nunca havia entrado nesse lugar e não conhecia nada de lá.
Até os dias de hoje esse caso ao ser contado, causa mal-estar na família.
Eu não me espanto mais. Minha mãe diz que tenho "um estranho talento".




Relato enviado em nome de
Adrianne Silveira - Brasil